ONGs nacionais e internacionais juntam-se à Frente Animal pela Campanha #FimDoDoce

Vários grupos e organizações sem fins lucrativos juntaram-se à campanha da Frente Animal, para pedir ao Pingo Doce a adotar medidas mais eficazes para a redução do sofrimento animal na sua cadeia de abastecimento de frango.

As imagens alarmantes divulgadas na investigação que deu origem à campanha motivaram a criação de uma carta conjunta assinada por cerca de 20 organizações nacionais e internacionais de defesa dos interesses dos animais, com o objetivo de demonstrar ao Pingo Doce a sua preocupação com as situações identificadas e apelar à implementação de medidas de melhorias significativas, com vista a salvaguardar o interesse do consumidor, da saúde pública, e do bem-estar animal.

Entre as ONGs e grupos signatários encontram-se as portuguesas Animais de Rua, Liga Portuguesa Pelos Direitos dos Animais e PATAV, mas também outras organizações influentes como a francesa L214 e a alemã Albert Schweitzer Foundation.

As organizações apelam ao Pingo Doce que adote o European Chicken Commitment – um conjunto de medidas fundamentadas por sólida base científica e amplamente apoiadas por especialistas. Este compromisso é reconhecido como a abordagem mais eficaz para minimizar o sofrimento dos frangos na produção e abastecimento.

Vídeo:

Excerto do documentário "Dominion"

Créditos fotográficos © Farm Transparency Project / Dominion

Texto da petição:

Pelo fim do abate de pintos machos

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República,

Exmos Senhores(as) Deputados(as) Da Assembleia da República,

Todos os anos, milhões de pintos machos recém-nascidos são triturados ou asfixiados vivos. Esta é a realidade da indústria dos ovos em Portugal e na União Europeia. A lei permite que existam duas formas de descartar estes pintos: trituração e/ou asfixia.

Os pintos machos não são capazes de pôr ovos, nem servem para a indústria da carne porque não crescem à mesma velocidade do que outras raças exploradas para esse efeito. Assim que nascem, são atirados para um longo tapete rolante que os irá conduzir à queda num balde repleto de lâminas, onde serão triturados vivos. Alternativamente, poderão ser asfixiados, outro método por vezes empregue.

Reconhecemos que esta prática é cruel, inaceitável e desumana, devendo ser legalmente proibida. Consideramos ainda que tal método não se justifica e não é coerente com as políticas de Bem-Estar Animal que a indústria e a legislação portuguesa dizem implementar. 

Nós, abaixo-assinados, queremos ver esta prática abolida e incentivos à investigação de tecnologias mais compassivas na indústria.

Atenciosamente,

Os signatários da Petição